A s belezas do Poty Velho

Por Lídia Brito

Raimunda Soares, mais conhecida como Raimundinha, é uma figura que marca, principalmente por suas gargalhadas,os moradores e turistas que todos os dias frequentam um dos maiores cartões postais da nossa cidade, o Poty Velho.

O bairro Poty Velho garda belezas de encher os olhos.Seja as belezas naturais, como o encontro dos rios , em que o rio Poty e o Parnaíba se encontram iluminados pelo pôr do sol no final da tarde. Seja pelas belezas produzidas por seus artesões, homens e mulheres que vivem da arte que nasce do barro.

Raimundinha é uma artesão de grande sucesso. Desde pequena trabalha com o barro, só que em vez de criar peças decorativas, trabalhava em uma olaria, produzindo tejolos com sua família. "Era um trabalho pesado, você trabalha de sol a sol carregando tejolo e o que ganha não dá nem pra sustentar a família", afirma Raimundinha.

A artesão se orgulha de exibir a pequena casa, que conseguiu construir apenas com o dinheiro da venda do artesenato. Mão solteira, criou e educou três filhos com o dinheiro da venda das peças. " A nossa vida mudou depois que o Polo Cerêmico do Poty Velho foi criado. Tem turista de todo canto, dos Estados Unidos, Itália, Japão e até da Arabia Saudita já vinheram aqui", disse Raimunda Soares.

Raimundinha tem muito orgulho de ser artesão e passa o conhecimento sobre esta arte para seus filhos, o que é comum na região. O artesenato é como uma herança que se passa de pai para filho, garantido a continuidade desta arte e a manutenção do polo cerâmico.

Para a turista de Porto Alegre, Mariana Ventura, a arte do Poty Velho é uma das mais bonitas do país. " É incrível o que eles fazem com o barro. Tem algumas peças que você pensa qie é de madeira de tão bem trabalhda que é. Tudo é muito bonito, que pena que não se pode comprar tudo", brinca a turista qie visita o polo pela segunda vez.