"Tudo o que eu quero é um lugar pra trabalhar”

Por Denise Lacerda
Fotos Denise Lacerda e Bruna Coimbra

Às 10 e meia da manhã de hoje um protesto reuniu dezenas trabalhadores informais na frente da Prefeitura Municipal de Teresina. Os manifestantes alegaram o uso da violência por parte da polícia para a retirada dos comerciantes do centro da cidade. Havia muita tensão e extensiva cobertura da imprensa local.

Houve queima da fogos e depoimentos de vítimas da opressão na “expulsão” dos ambulantes das vias públicas. A senhora Maria da Paz Rodrigues, conhecida como Baixinha do Café, contou sobre seus infortúnios num “confronto com a polícia”. “Eles levaram minha cesta cheia da comida que eu iria vender, me agrediram verbalmente, me trataram como se eu fosse qualquer coisa, levaram minhas garrafas de café e outras bebidas, esses são meus instrumentos de trabalho, o modo como eu ganho a vida tudo o que eu quero é um lugar pra trabalhar” afirmou a comerciante informal.

O clima era exaltado, os protestantes gritavam palavras de ordem como “Prefeito Doutor contra Camelô” chegaram ao ponto de desafiar o prefeito Silvio Mendes a sair do prédio e negociar com eles. Uma barreira de policial para evitar maiores transtornos, o que enfurecei ainda mais os camelôs que afirmaram estar sendo tratados como bandidos. Um dos manifestantes gritou “Gestão transparente é borracha no lombo dos camelôs? Major John não cumpra as ordens do prefeito, aqui só tem homem de bem, só tem trabalhador.”

Às 11 horas da manhã ouve confronto no momento em que os manifestantes tentaram invadir o prédio. A Tropa de Choque da Polícia e o Rone chegaram no local e tiveram que reagir com força. Houve confronto corporal entre polícia e manifestantes que mostraram as marcas das agressões sofridas.